segunda-feira, 20 de maio de 2013

Onde está a essência?

Recentemente é comum nos programas de televisão, as mulheres se submeterem a nudez pura e simplesmente para o sucesso do programa. Nada contra isso. Cada um contribui para o mundo com o que sabe fazer. O que mais lamento é a banalização da nudez, do sexo, do amor pelo ser humano. A facilidade com que se ama hoje e amanhã já não se ama mais. Troca-se de amor assim fácil como trocar de roupa. O que era para ser diamante está puro carvão, sujo, sem valor, sem estima. As pessoas admiram as outras pela beleza, que é efêmera, passageira, e esquecem-se de admirar o interior, a beleza dos sentimentos. Esses programas de televisão cujo apenas ressaltam a beleza dos seus participantes, pregam a banalização das coisas, fazem piadas de coisas importantes que estão cada vez mais esquecidas. O mundo humano não sabe mais amar. Nem a ninguém, nem a natureza. Vejo pessoas que não deitam na grama por medo de formigas, que têm medo até borboletas, como se não fossem parte do ecossistema da Terra. O ser humano se colocou num patamar tão alto, que pensa ser Criador, não criatura. Espero que pelo menos consiga regenerar o que está destruindo. E está destruindo por ser desconhecido. Não se sente o cheiro do orvalho, não se aquece ao calor do sol, nem se deixa brilhar pela lua. Um celular caro está muito mais valioso que uma amizade, um amor, uma vida. As pessoas são "status", não são mais almas. Perdeu-se o brilho do simples e vital para o fútil e o volúvel. Me pergunto onde está a essência? Perdeu-se na tecnologia. O acesso às coisas é tão fácil, que descartá-las tornou-se fácil igualmente. Só reconhece o valor da árvore quando se planta e aguarda que cresça e dê frutos.

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